Presidente afirmou estar chocado com os ataques
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou as redes sociais para se manifestar contra o ataque do Hamas a Israel, que deixou mais de 290 mortos e mil feridos na madrugada deste sábado (7). Lula lembrou que o Brasil é o atual presidente do Conselho de Segurança da ONU e que não poupará esforços para conter a crise.
“O Brasil não poupará esforços para evitar a escalada do conflito, inclusive no exercício da Presidência do Conselho de Segurança da ONU”, escreveu o presidente em uma rede social.
Lula reafirmou que a posição da diplomacia brasileira é de manutenção de dois estados: Palestina e Israel.
Ele fez um apelo à comunidade internacional para que as negociações para um acordo de paz sejam retomadas.
“Conclamo a comunidade internacional a trabalhar para que se retomem imediatamente negociações que conduzam a uma solução ao conflito que garanta a existência de um Estado Palestino economicamente viável, convivendo pacificamente com Israel dentro de fronteiras seguras para ambos os lados”, destacou.
O que aconteceu
O Hamas, movimento islamista palestino, anunciou que bombardeou Israel neste sábado com mais de cinco mil foguetes, no que chamou de operação “Dilúvio de Al-Aqsa”. O primeiro ministro israelense Benjamin Netanyahu declarou guerra ao grupo após o ataque.
O ataque deixou, ao menos, 298 mortos, entre israelenses e palestinos, além de mais de 800 feridos, segundo autoridades de emergência do país.
“Estamos em guerra e vamos vencer. O inimigo pagará um preço que nunca conheceu”, diz Netanyahu em uma mensagem de vídeo divulgada nas redes sociais.
O exército israelense afirmou também que um “número indeterminado de terroristas” na Faixa de Gaza.
“Decidimos pôr fim a todos os crimes da ocupação (de Israel), o seu tempo de violência sem responsabilização acabou”, declarou o Hamas. “Anunciamos a Operação Al-Aqsa Deluge e disparamos, no primeiro ataque de 20 minutos, mais de 5 mil foguetes.”
“O Hamas cometeu um erro grave esta manhã e lançou uma guerra contra o Estado de Israel”, disse o ministro da Defesa Yoav Gallant num comunicado, acrescentando que as tropas israelitas “estão a lutar contra o inimigo”.