IDAF continua trabalho de combate a monilíase que afeta árvores do cupuaçu e cacau no vale do Juruá

O Engenheiro agrônomo Pedro Ferrari, do Instituto de Defesa Animal e Florestal do Acre (IDAF), acompanhou , na manhã desta segunda-feira (06), uma ação preventiva realizada numa árvore de cupuaçu que estava localizada em uma área no bairro da Cohab que foi totalmente podada devido estar numa área onde há focos de doença monilíase.

Monilíase ataca e contamina o fruto da árvore

O IDAF está fazendo a identificação dos principais pontos de focos da doença monilíase, que afeta as árvores do cupuaçu e do cacau, praga quaternária que está localizada no Brasil apenas na região do Juruá e sendo alvo de um trabalho preventivo muito forte para que se possa eliminar o patógeno da doença no país.

“O que podemos fazer é manejar e retirar o hospedeiro porque não temos ainda um controle biológico, nem quimico. Depois de identificar a planta com foco da doença, por exemplo, nos quintais das casas está sendo feita uma poda, pois a intenção não é exterminar as plantas do cupuaçu e cacau, e sim atrasar o ciclo reprodutivo delas. A maioria das podas é mais conservadora com retirada da maioria dos galhos”, disse.

Ferrari lembra um trabalho que está sendo realizado m Mâncio Lima que está tendo um sucesso, pois as árvores podadas já voltaram a produzir e com um resultado muito bom porque já brolharam e estão produzindo muito mais que antes pela concentração da energia. Nossa intenção não é exterminar as árvores”, explica.

O engenheiro agrônomo do IDAF destaca que o fungo pode ser facilmente identificado no próprio fruto da árvore parecido com aquele mofo branco que se encontra em cima do pão, com um aspecto branco acinzentado e quem identificar em árvores da sua residência deve comunicar de imediato ao IDAF que vai fazer a remoção e poda sem nenhum custo.

“O Cupuaçu e o cacau é fonte de renda de muitas famílias e o trabalho do IDAF é, além de prevenir, eliminar o hospedeiro do fungo com as podas para que a fonte de renda da população não seja afetada. Em qualquer suspeita a população deve avisar ao IDAF que tem uma equipe pronta para atender com a maior brevidade possível”, explica.

Pedro destaca ainda que o IDAF tem todas as propriedades visitadas mapeadas e georeferenciadas com a informação do manejo realizado para saber o raio de ação da doença e através do uso da tecnologia fazer um trabalho mais assertivo que está sendo realizado com apoio da equipe da Prefeitura de Cruzeiro do Sul que faz a poda e leva para ser enterrada no aterro sanitário.

Poda das árvores são levadas e enterradas no aterro sanitário

Ao finalizar Pedro Ferrari explica que triângulo da monilíase é formada pelo fungo, clima e o hospedeiro. “Como não temos ainda controle biológico ou químico a solução é trabalhar com o hospedeiro, que é o fruto da árvore e fazemos essa poda para que ela possa retardar colocar o fruto em um ano e meio para que a árvore possa continuar dando frutos”, disse.

 

Esquema do triângulo da doença e mapa de acompanhamento de focos na cidade