Pai que torturou bebê de 7 meses até a morte é encontrado morto dentro de delegacia

Preso teria usado a camisa que vestia para se enforcar; Polícia abre procedimento para investigar o possível suicídio

Jailton Martins Pereira, de 29 anos, preso nesta sexta-feira (15) pela acusação de assassinato do filho Kauan Martins, de sete meses, por maus tratos, acaba de ser encontrado morto na cela da delegacia de Polícia Civil de Epitaciolândia, onde estava detido aguardando audiência de custódia e possível transferência para a Rio Branco, onde ocorreu a morte da criança. Ele teria se enforcado usando a camisa que vestia quando fora preso.

A morte foi confirmada na Capital por familiares do preso. Jailton Martins Pereira foi encontrado hoje pela Polícia na casa de familiares no bairro José Hassem, em Epitaciolândia, após quase uma semana de fuga. Com ele, foi encontrada uma escopeta e munição. Ele estava sendo procurado desde a terça-feira (12), quando foi apontado como o principal suspeito pela morte da criança, cujo corpo apresentava sinais de maus tratos, inclusive de mordidas. Posteriormente, surgiram informações de que a criança também teria sido violentada sexualmente. Jailton Martins Pereira cumpria pena em regime semiaberto, monitorado por tornozeleira eletrônica, equipamento que ele rompeu e fugiu para o interior. Os maus tratos à criança ocorreram na casa em que a família vivia, no bairro Belo Jardim.

As acusações contra Jailton Martins Pereira são sustentadas por Vângela, mãe do pequeno Kauan – ela tem outra filha, de casamento anterior, de cinco anos, que foi entregue ao educandário Santa Margarida.

Antes de ser preso, Jailton Martins Pereira disse aos familiares que as marcas encontradas no corpo da criança foram decorrentes de uma queda da cama. Também negou as possíveis violações sexuais e afirmou que não se entregaria à polícia, preferindo se matar. Ele planejava se atirar embaixo de um carro em movimento, disse aos familiares.

Em Epitaciolçandia, agora, a Polícia Civil vai abrir procedimento para investigar as circunstâncias do possível suicídio. A orientação é que presos sejam encaminhados ao xadrez vestindo apenas roupas íntimas, o que não foi levado em consideração no caso de Jailton Martins Pereira.