Ulissys Bandeira busca apoio de Alan Rick e do prefeito Zequinha para regulamentar o Transporte Coletivo

 Segundo Ulissys, são inúmeros os problemas relacionados ao Transporte Coletivo em Cruzeiro do Sul. O maior deles é a falta de regulamentação por lei, já que as leis que regem os transportes públicos e privados de Cruzeiro do Sul ainda são da década de 1990.

 No último dia 17 de maio, Ulissys Bandeira, pré-candidato a vereador em Cruzeiro do Sul, conversou com o Senador Alan Rick, que cumpria extensa agenda na capital do Juruá, sobre a problemática do transporte coletivo no município, que é sem dúvidas, um problema diário que a população cruzeirense enfrenta, especialmente os estudantes da Universidade Federal do Acre (UFAC) e do Instituto Federal do Acre (IFAC).

Na conversa esteve presente também o prefeito de Cruzeiro do Sul Zequinha Lima, que se mostrou atento a Pauta de Reivindicação e disse que está disponível para estudar e solucionar o problema.

A grande preocupação de Ulissys, é que neste período de greve dos Professores e Técnicos administrativos da UFAC e do IFAC, muitos alunos, professores e servidores que desenvolvem atividades essenciais de ensino, pesquisa, extensão, estágio, laboratórios precisam se deslocar para os Campus e  não estão tendo acesso ao Transporte Coletivo de Vans ofertado pelo Sindicato das Vans.

A Justificativa do Sindicato para o não fornecimento de Transporte para os campus da UFAC e IFAC nesse período é por falta de demanda. E se não há demanda suficiente nos Campus, não haverá oferta de transporte.

O motivo de não haver linhas em todos os bairros de Cruzeiro do Sul, segundo os motoristas e cooperados da COOPTRANS que tem CNPJ: 13130883000104, e sede em Cruzeiro do SulAC, é bem simples. “Se não há fluxo de passageiros, não existe necessidade de passar Van por aquele bairro ou local, porque teremos prejuízo, e ninguém vai pagar o nosso prejuízo.”

“Se olharmos pela ótica do empreendedor que tem que comprar seu veículo, gastar para comprar a gasolina ou óleo diesel e arcar com o próprio dinheiro para fazer as manutenções básicas para que o veículo continue circulando e fornecendo a renda para o sustento da família, o empreendedor estará certo”, avalia Ulysses.

Procurados pela reportagem, um dos motoristas associados ao Sindicato das Vans de Cruzeiro do Sul, relatou:

“O grupo não esteve de acordo com a situação por questões de que já é de praxe acontecer outras vezes de ter uma demanda muito pouca de alunos… tem dias que vai 5 alunos, mas aí tem um professor que vai de carro e traz 2 a 3 alunos e muitas vezes você vai lá para buscar 1 aluno. Outras vezes já aconteceu de entrar lá e não ter nenhum aluno… E assim, ali não é tão perto, nossa rota é da Boca da Alemanha. Da Boca da Alemanha até a UFAC não é uma rota perto… Por mais que seja apenas 4 viagens, mas são 4 viagens durante o dia e agora pior ainda com uma greve, né… A resposta é que ninguém está de acordo por essas questões.”

O senador Alan Rick, se prontificou a fornecer os subsídios necessários para que essa regulamentação possa acontecer o quanto antes, inclusive, reforçou ao Prefeito Zequinha Lima que alocará emendas parlamentares para reforçar a aquisição de mais ônibus para atender os alunos da Educação Básica de Cruzeiro do Sul, através do Programa Caminho da Escola.

Ulissys relatou ainda, desde o início da greve, tem trabalhado incansavelmente para garantir que os estudantes que continuam com suas atividades acadêmicas tenham acesso ao transporte necessário.

“Inicialmente, tentamos negociar com a empresa de ônibus responsável pelas rotas habituais. No entanto, a proposta foi rejeitada devido à falta de demanda, uma vez que esses ônibus têm capacidade para mais de 72 passageiros e frequentemente viajariam quase vazios. Em seguida, voltamos nossos esforços para negociar com a cooperativa de vans. Sugerimos a realização de apenas quatro viagens diárias, nos horários de maior necessidade: 7:00 e 11:00 pela manhã, e 12:30 e 17:00 pela tarde. Infelizmente, a resposta dos motoristas da cooperativa foi negativa.”

Ulissys lamenta profundamente não ter conseguido garantir o transporte para todos durante este período de greve, apesar dos esforços contínuos e negociações com diversas partes envolvidas. Mas, garantiu que continuará buscando soluções para melhor atender às necessidades dos estudantes da UFAC.

“No dia 22 de junho de 2017, foi criada uma Comissão na Câmara de Vereadores para debater as melhorias e a regulamentação desse transporte na cidade. Mas, esta mesma comissão teve seus trabalhos interrompidos por pressão interna de agentes privados que destroçaram os trabalhos da comissão e levaram o pleno de vereadores a arquivar tudo aquilo que havia sido discutido e proposto em audiência pública com alunos, professores, vereadores, Secretaria de Transporte, Departamento Estadual de Trânsito do Acre (Detran-AC) e Agência Reguladora dos Serviços Públicos do Acre (Ageac)”, ressalta Ulissys.

A única lei que rege o Transporte Público em Cruzeiro do Sul, em termos de concessão, é a LEI Nº 238/98, DE 23 DE SETEMBRO DE 1990; que “AUTORIZA O PODER EXECUTIVO A PROMOVER A CONCESSÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE PÚBLICO ALTERNATIVO NO MUNICÍPIO DE CRUZEIRO DO SUL, E DÁ OUTRAS PROVIDENCIAS.”

“É extremamente necessária a Criação de um Conselho Municipal de Transportes Públicos no município de Cruzeiro do Sul, esse conselho será o órgão colegiado representativo da comunidade na gestão da política de transporte do Município, funcionando em caráter normativo, consultivo e deliberativo. A partir daí teremos as condições para discutir, implementar e melhorar os Serviços de Transporte Público em Cruzeiro do Sul”, avalia.

Ulissys reafirma que é preciso também a elaboração de um estudo de viabilidade, que outrora já foi feito, para que somente empresas regulamentadas que atendam de maneira integral as pautas de reivindicação da população cruzeirense quanto ao Transporte Coletivo Municipal, possam fornecer esse serviço.

A preocupação de Ulissys no tocante aos benefícios que a regulamentação trará, não o distancia da crise que em curto prazo ela possa provocar a economia da cidade. “Precisamos estar atentos que cada nova implantação gera uma crise inicial, de modo que não podemos prejudicar aqueles que já prestam o serviço de transporte coletivo irregular. Toda a nova regulamentação que for elaborada deve estar atenta a redirecionar o transporte coletivo de Vans aos bairros que em um primeiro momento não poderão ser atendidos de maneira integral pela empresa que for a ganhadora da concessão das linhas”, finaliza.