- Assessoria
Dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) nesta semana apontam que o nível de endividamento e inadimplência do consumidor apresentou mais uma elevação, sendo a maior desde maio de 2023, quando alcançou 78,3%. Em 2024, no mesmo período, os números chegam a 78,7%. No Acre, ao menos, 90.534 famílias estavam endividadas durante o quinto mês do ano, representando um índice de 77,8%.
Das famílias endividadas no Acre, 37.991 estão com dívidas em atraso, e 16.559, sem condições de pagar suas dívidas. Este indicador é o menor desde novembro de 2023, quando o resultado atingiu 78,5% das famílias.
O Acre também tem seguido a tendência nacional em relação ao uso do cheque especial – em todo o Brasil, segundo a CNC, o endividamento com o cheque especial terminou maio com 3,9%, o menor índice desde 2010 com o cheque especial. No Estado, de acordo com pesquisa recente realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Acre (Fecomércio-AC) e o Instituto Data Control, o maior endividamento dos acreanos diz respeito ao cartão de crédito, representando 72,5% dos endividados. O cartão, ainda segundo o estudo, compromete atualmente entre 30% e 50% da renda dos consumidores, o que dificulta o orçamento doméstico.
É importante salientar, no entanto, que endividamento não é sinônimo de inadimplência, tendo em vista que as dívidas contraídas são pagas em até 30 dias, e não gera inadimplência com os credores. Dos endividados acreanos, apenas 12,8% tornam-se inadimplentes, embora verifique-se a regularização da dívida em até 45 dias.