Por Agazeta.Net
Nesta segunda, os docentes decidiram pela manutenção da paralisação até assinatura dos termos de compromisso da pauta local
Durante assembleia nesta terça-feira, 25, docentes da Universidade Federal do Acre (Ufac) decidiram por 53 a 26 pela manutenção da greve até a assinatura, pela administração superior da instituição, dos termos de compromisso para que as pautas locais sejam cumpridas.
De acordo com a representante do Comando Local de Greve Docente, Raquel Ishii, se a administração superior da Ufac assinar os termos de compromisso ainda nesta terça-feira, a greve vai ser encerrada na próxima assembleia, marcada para esta quinta-feira (27).
“Se a administração superior assinar os acordos hoje, [a greve] acaba na próxima assembleia de quinta”, afirma a representante.
Decisão nacional
A greve que mobilizou professores das universidades federais por mais de 60 dias foi oficialmente encerrada no último domingo (23). No entanto, o retorno das atividades em cada instituição de ensino depende da aprovação em assembleias de base, que têm autonomia para decidir se mantêm ou encerram a paralisação local.
O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes), responsável por representar a categoria dos professores, informou que a assinatura do Termo de Acordo com o governo federal está prevista para ocorrer nesta quarta-feira (26).
A Andes reconheceu que os termos do acordo proposto pelo governo federal podem não atender plenamente às demandas dos professores, mas ressaltou que refletem avanços obtidos graças à força do movimento grevista. A entidade destacou a importância da mobilização dos docentes para conquistar melhorias e avançar nas negociações com o governo.
“Apesar das propostas apresentadas pelo governo não atenderem adequadamente ao conteúdo de nossas justas demandas, o movimento será encerrado. No entanto, tivemos avanços que só foram possíveis graças à força do movimento paredista. Para além do que já conquistamos, nos últimos retornos que tivemos do governo federal, a conjuntura aponta para os limites desse processo negocial, a greve alcançou seu limite e que estamos no momento de seguir a luta por outras frentes”, explica.
Na proposta do governo, não vai haver reajuste neste ano de 2024 por falta de verba, mas até 2026 ao invés do aumento de 9,2%, passará a ser 12,8%, com 9% já no início de 2025 e mais 3,5% em em 2026.