- Fred Heand – Duarte Mendonca – Steven Jiang da CNN – Com informações de Simone McCarthy, da CNN
Tianlong-3 foi feito para auxiliar a construção da rede de internet via satélite da China
Um foguete da Space Pioneer caiu após ser lançado acidentalmente durante um teste em solo neste domingo (30), conforme disse a empresa chinesa em um comunicado.
A queda aconteceu quando o primeiro estágio do foguete Tianlong-3 se desprendeu da plataforma de lançamento durante um teste, devido a uma falha estrutural. Ele aterrissou em uma área montanhosa da cidade de Gongyi, na China central.
“Devido à falha estrutural da conexão entre o corpo do foguete e a plataforma de teste, o foguete de primeiro estágio se separou da plataforma de lançamento”, disse a Space Pioneer, também conhecida como Beijing Tianbing Technology.
“Após a decolagem, o computador de bordo foi desligado automaticamente, e o foguete caiu nas montanhas profundas a 1,5 quilômetros a sudoeste da plataforma de teste. O corpo do foguete caiu na montanha e se desintegrou.”
Não houve feridos como resultado da queda, disse a empresa, pois as pessoas na área foram evacuadas antes do teste do foguete.
A Space Pioneer, uma empresa líder no setor de foguetes comerciais, é especialista em foguetes de propelente líquido.
Em abril de 2023, ela lançou com sucesso seu Tianlong-2, tornando-se o primeiro operador comercial da China a enviar um foguete transportador de líquido para o espaço e entrar em órbita com sucesso, segundo a mídia estatal.
O Tianlong-3, o foguete que caiu neste domingo, é um grande foguete transportador de líquido. Ele foi feito para auxiliar a construção da rede de internet via satélite da China.
O desempenho do produto do foguete é comparável ao Falcon 9 da SpaceX, segundo a Space Pioneer. A empresa chinesa poderá lançar o foguete mais de 30 vezes por ano após o primeiro voo bem-sucedido do foguete.
O acidente ocorre poucos dias após o módulo lunar Chang’e-6 da China retornar à Terra do espaço, onde coletou as primeiras amostras do lado oculto da lua.
A missão foi um marco importante no “sonho eterno” da China — como articulado pelo líder chinês Xi Jinping — de estabelecer o país como uma potência espacial dominante e ocorre quando vários países, incluindo os Estados Unidos, também intensificam seus próprios programas de exploração lunar.