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Endividamento das famílias brasileiras se estabiliza em junho, mas inadimplência e comprometimento da renda preocupam
Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o nível de endividamento das famílias brasileiras se estabilizou em junho, com 78,8% dos lares com pelo menos uma dívida em aberto. Apesar da estabilidade, a inadimplência e o comprometimento da renda continuam em níveis preocupantes. No Acre, os dados refletem uma situação semelhante: em junho, pelo menos 78% das famílias estavam endividadas.De acordo com o assessor da presidência da Fecomércio-AC, Egídio Garó, o percentual representa aproximadamente 90.818 domicílios acreanos. “Esse percentual se manteve próximo ao registrado em meses anteriores, indicando uma estabilidade no quadro de endividamento familiar”, explicou.Entre as famílias endividadas no estado, 35% estão com contas atrasadas, o que corresponde a 41.645 domicílios, enquanto 15,6% afirmaram não ter condições de pagar suas dívidas no vencimento, totalizando 18.114 famílias.O comprometimento da renda familiar em junho de 2024 foi registrado em 32,4%, marcando o menor índice desde junho de 2023. Dos domicílios endividados, 32,8% têm renda familiar de até 10 salários-mínimos, enquanto 28,9% possuem renda superior a esse valor. “Essa métrica é crucial para compreender a capacidade das famílias de honrar suas dívidas sem comprometer excessivamente o orçamento mensal”, enfatizou Garó.Garó ressaltou que, apesar dos desafios, a manutenção da estabilidade no nível de endividamento e a leve queda no comprometimento da renda familiar indicam uma conscientização das famílias em evitar novos endividamentos. “Conclui-se que as famílias estão evitando se endividar para esquivar-se da inadimplência”, finalizou o assessor.
Nacionalmente, do total de famílias endividadas, 28,8%, o equivalente a 4,8 milhões de lares, estão com contas atrasadas. Entre essas famílias, 12%, ou 1,98 milhão, afirmam não ter condições de pagar as dívidas no vencimento, configurando situação de inadimplência. A situação é mais grave entre as famílias com renda de até 10 salários-mínimos, onde 35,8% estão com inadimplência.