- Da Redação – Foto: Cedidas
Sindicato explica a ocorrência
Em Cruzeiro do Sul (AC) uma situação inaceitável tem causado indignação entre os pais e responsáveis depois que uma criança de apenas 11 anos, que é aluno da Escola Hugo Carneiro, foi negligenciada por motoristas de vans do município, sendo ignorada duas vezes ao tentar embarcar no transporte.
O caso mais recente ocorreu quando a criança sinalizou para o veículo parar, mas foi ignorada, mesmo insistindo. O descaso foi tão grande que a mãe encontrou o filho chorando na parada de vans, sem conseguir entender por que foi deixado para trás.
Segundo a mãe essa não foi a primeira vez que o aluno passou por essa humilhação. “É revoltante ver meu filho passar por isso. Uma criança não pode ser tratada dessa forma. Exijo respeito e providências”, desabafou a mãe, indignada com a repetição do ocorrido.
O transporte escolar é um serviço essencial para garantir que os alunos cheguem com segurança às suas escolas. A negligência com crianças e adolescentes não pode ser normalizada e é preciso que as autoridades responsáveis fiscalizem e tomem medidas contra esse tipo de comportamento, enfatiza a mãe.
A comunidade de Cruzeiro do Sul exige respostas: por que as vans não estão cumprindo seu papel? Até quando crianças continuarão sendo desrespeitadas? É necessário que os responsáveis pelo transporte escolar tomem providências imediatas para garantir que episódios como esse não voltem a acontecer.
Enquanto isso, pais e responsáveis seguem preocupados com a segurança e dignidade de seus filhos, que deveriam encontrar no transporte público um serviço seguro e confiável, afirma a mãe.
A denúncia da mãe foi levada ao presidente do Sindicato das Vans de Cruzeiro do Sul, Cléber Santos, que explicou que o aluno que perdeu o transporte estuda na Escola Hugo Carneiro e utiliza a van que faz a linha do Pentecostes para chegar em sua casa no bairro do Aeroporto Velho. O presidente informou que a ocorrência aconteceu na última quarta-feira (26), mas na verdade não foi como a mãe relatou.
“A mãe falou no áudio que o filho dela perdeu o primeiro carro por falta de atenção, mas o segundo e o terceiro carros que ele tentou embarcar, da linha circular normal que passariam no Aeroporto Velho, ele não conseguiu porque os veículos estavam lotados, inclusive uma senhora tinha ficado na parada do Detran e pegou outro veículo, por isso os motoristas não o levaram”, informou o presidente.
Cleber Santos explicou ainda que os veículos do Sindicato atendem muitos alunos de comunidades rurais, que estudam na UFAC, IFAC e no Colégio Militar, inclusive com preço diferenciado de R$ 3,00 e que não há esse tipo de problemas dos motoristas ignorarem passageiros ao enfatizar cada passageiro que embarca ajuda na despesa da viagem.
Segundo o presidente quando o carro chegou na parada, no Aeroporto Velho, o motorista tentou explicar à mãe o que houve, mas ela não quis conversar e disse que não iria discutir com ninguém, levaria o caso para a Justiça e que a situação sairia cara para nós. O que aconteceu foi isso. Ela falou também que o filho dela tinha laudo e expliquei para ela que nesse caso ela tinha que estar junto com o filho”, disse.
O presidente destacou ainda que no áudio que a mãe mandou para o seu celular ela confirma que o caso só aconteceu naquele dia e nos demais os motoristas sempre pararam para levar o filho dela. “Então, essa é a explicação para o que aconteceu, o filho dela perdeu o carro por falta de atenção, como ela mesma confirmou, o que levou a essa situação lamentável”, informou o representante da classe.