“Não podemos perder as esperanças”, diz secretário Pedro Pascoal no podcast Em Cena, do ContilNet, sobre o PCCR da Saúde

O secretário reconheceu dificuldades fiscais como um dos principais obstáculos para a aprovação do plano

O secretário estadual de Saúde, Pedro Pascoal, falou nesta segunda-feira (15), no podcast Em Cena, do ContilNet, sobre a situação do Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR) da Saúde. Ele garantiu que o governo segue comprometido em avançar na reformulação do plano, que está defasado há 25 anos

Segundo Pascoal, mais de 9 mil profissionais, entre médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, farmacêuticos, nutricionistas, fisioterapeutas e biomédicos, aguardam a atualização do plano, que visa corrigir a defasagem histórica em salários e valorização profissional. “Não podemos perder as esperanças”, disse o secretário, lembrando que a aprovação depende também de limites fiscais e planejamento do governo.

Secretário de Saúde reafirma empenho para aprovação do PCCR no Acre/ Foto: ContilNet

Pascoal comentou que o governo contratou a Fundação Dom Cabral para revisar o PCCR, destacando a experiência da instituição na elaboração de planos de carreira e remuneração. Segundo ele, todas as alterações foram discutidas com as classes sindicais de forma transparente e com correções constantes, garantindo diálogo e participação de todos os setores da saúde.

“A empresa tem toda a competência, todo o gabarito para desenhar o texto de acordo com as discussões que foram feitas com todas as classes sindicais”, explicou.

O secretário reconheceu dificuldades fiscais como um dos principais obstáculos para a aprovação do plano, explicando que a brecha fiscal depende de vários entes, não apenas do governo estadual. Apesar disso, ele garantiu que o governador está ciente da prioridade da Saúde e que o planejamento do governo ainda permite possibilidades de aprovação nos próximos quadrimestres.

“O governador pediu para que nós sentássemos com a equipe de governo, fizéssemos projeções do que teríamos para os próximos quadrimestres. Nós temos ainda esperança de que a gente ainda consiga ter brecha fiscal para aprovação. Infelizmente, a brecha fiscal não depende só do Pedro, não depende só do governador, depende de todos os entes. Mas o governador tem a ciência que a saúde é a pasta que está há mais tempo com essa necessidade de olhar. E que nós prezamos, sim, pelo coletivo”, ressaltou.

Pascoal também criticou interesses particulares que, segundo ele, teriam transformado o tema em um “assunto espinhoso” e ressaltou que a pauta deve priorizar o coletivo, e não ideologias políticas ou interesses individuais. Ele reforçou a valorização dos profissionais que atuaram na pandemia, muitos dos quais se afastaram por questões de saúde, mas que seguem sendo reconhecidos pelo governo.

O secretário ainda afirmou que, mesmo com as limitações fiscais, existem perspectivas de aprovação do PCCR nos próximos quadrimestres, e que o governo segue empenhado em encontrar soluções para atender à demanda histórica da categoria.