Difícil e Fácil – Estudantes que buscam vaga na universidade avaliam prova do ENEM e confirmam que a ansiedade é a maior vilã

Neste domingo (05) quase quatro mil alunos dos municípios de Cruzeiro do Sul, Rodrigues Alves e Guajará, no Amazonas, fizeram a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) em várias escolas do município. Muita expectativa e ansiosidade marcaram a preparação dos estudantes que buscam na prova uma vaga para ingressar  numa universidade.

A prova do ENEM transcorreu sem maiores ocorrências e depois do exame conversamos com alguns estudantes que participaram do exame que avaliaram a prova como difícil, mas alguns deles avaliaram como fácil e confirmaram que a ansiedade é uma das dificuldades que acaba atrapalhando. No próximo domingo(12) tem a segunda faze do ENEM.

A estudante Cauane Silva vai concluir o Ensino Médio no ano que vem e fez a prova para ganhar experiência. Ela se preparou um pouco para a prova, mas não fez nenhum cursinho. “A prova é um pouco difícil, respondi as questões e na redação que fiz por último tive mais dificuldade, apesar de ter gostado do tema”, ressalta.

German Borges, que é corinthiano e estuda o Ensino Médio na Escola João Kubistchek, fez o exame do Enem pela primeira vez e pretende fazer o curso de Biologia. Ele se preparou para a prova, mas não gostou do tema da redação. “Não estava preparado para o tema da redação, mas desenvolvi, consegui desenrolar”, avalia.

“Comecei minha prova pelo espanhol, depois fui para ciências humanas e já fui pensando no que ia fazer na redação. Agora nessa semana vou me preparar para a prova de matemática. Não sou muito bom em matemática não, sou péssimo em matemática (risos), mas vou me preparar um pouco mais para fazer a prova no próximo domingo”, disse.

O jovem Luan Patrick é do município de Rodrigues Alves, que pretende cursar psicologia, avalia que o Enem não é o bicho papão que diziam. “Espero ter ido bem, comecei a prova pela redação porque se focar primeiro na prova você vai ficar com muita coisa na cabeça. Para mim foi uma prova boa”, disse.

Samuel Rainier cursou o Ensino Médio na Escola Flodoardo Cabral fez o exame pela primeira vez e também avaliou a prova como boa ao contrário do que falavam. “Estava muito ansioso e apreensivo, mas não achei a prova muito tão difícil não. A expectativa estava muito alta e estava com medo, mas foi diferente”, disse.

Samuel iniciou a prova respondendo as questões e fez a redação por partes. “Na metade da prova comecei a fazer a redação e depois continuei fazendo as questões enquanto pensava na continuidade da redação e deu certo”, disse o estudante que gosta muito de escrever, mas ainda não escolheu o curso que vai fazer. “Estou pensando no curso”, afirma.

O ENEM

Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi instituído em 1998, com o objetivo de avaliar o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Em 2009, o exame aperfeiçoou sua metodologia e passou a ser utilizado como mecanismo de acesso à educação superior.

As notas do Enem podem ser usadas para acesso ao Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e ao Programa Universidade para Todos (ProUni). Elas também são aceitas em mais de 50 instituições de educação superior portuguesas. Além disso, os participantes do Enem podem pleitear financiamento estudantil em programas do governo, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Os resultados do Enem possibilitam, ainda, o desenvolvimento de estudos e indicadores educacionais.

Qualquer pessoa que já concluiu o ensino médio ou está concluindo a etapa pode fazer o Enem para acesso à educação superior. Os participantes que ainda não concluíram o ensino médio podem participar como “treineiros” e seus resultados no exame servem somente para autoavaliação de conhecimentos.

A aplicação do Enem ocorre em dois dias. A Política de Acessibilidade e Inclusão do Inep garante atendimento especializado e tratamento pelo nome social, além de diversos recursos de acessibilidade. Há também uma aplicação para pessoas privadas de liberdade.

Os participantes fazem provas de quatro áreas de conhecimento: linguagens, códigos e suas tecnologias; ciências humanas e suas tecnologias; ciências da natureza e suas tecnologias; e matemática e suas tecnologias, que ao todo somam 180 questões objetivas. Os participantes também são avaliados por meio de uma redação, que exige o desenvolvimento de um texto dissertativo-argumentativo a partir de uma situação-problema.