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Equipe do IFSC, Rafael Rodrigues e Douglas Alves, no Ifac Campus Tarauacá
A partir deste mês de outubro de 2024, o Instituto Federal do Acre se torna pioneiro na Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica: é o primeiro instituto do Brasil a contar com o sistema de monitoramento do consumo de energia elétrica instalado em 100% das suas unidades. A medida é fruto de uma parceria com o Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC), que também envolve o Ministério da Educação (MEC) e a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar).
Com isso, o consumo de energia elétrica de qualquer campus ou da reitoria poderá ser observado em tempo real pelo Portal de Gerenciamento Energético – PGEN (https://pgen-beta.labsmart.
Acesse o PGEN e veja o consumo de energia no Ifac em tempo real: https://pgen-beta.
Página inicial do PGEN mostra o Acre 100% coberto pelo sistema / Captura de tela
O PGEN faz parte de um projeto coordenado pelo professor Rafael Rodrigues, do IFSC, que esteve no Acre, no dia 7 de outubro, para realizar, em parceria com a equipe técnica do Ifac, a instalação dos equipamentos de monitoramento de energia nos campi Tarauacá, Cruzeiro do Sul e Transacreana, contemplando assim, todas as unidades da instituição. Isso porque desde junho de 2023, o Ifac já tinha o sistema instalado na reitoria e nos campi Rio Branco, Sena Madureira e Xapuri.
Com o equipamento instalado, basta apenas que a equipe da Distribuidora Energisa efetive a ligação do cabo de comunicação com o medidor de energia nestas unidades do Ifac para que o equipamento comece a monitorar o consumo.
Além do consumo, o sistema também monitora grandezas como o nível de tensão, corrente elétrica, fator de potência, frequência, entre outros parâmetros. Com essas informações, a administração do Ifac tem melhores condições para adotar medidas visando à economia de energia e, consequentemente, de despesas no funcionamento da instituição.
A instalação do sistema PGEN no Ifac contou com o apoio técnico-operacional do engenheiro eletricista Bruno Roseno de Souza Maia, que já está realizando um diagnóstico energético das unidades por meio dos parâmetros elétricos extraídos do sistema. O diagnóstico permitirá identificar pontos de melhoria em relação à eficiência energética. Além disso, está sendo elaborado um guia de boas práticas que será disponibilizado a toda a comunidade escolar.
Instalação do dispositivo no medidor de energia
“Estima-se uma redução de 15% nas faturas de energia apenas com ajustes comportamentais, como uso racional de equipamentos de climatização e iluminação”, garantiu o engenheiro.
Para o reitor do Ifac, Fábio Storch de Oliveira, é uma grande alegria ser o primeiro instituto federal do Brasil a concluir a instalação dos dispositivos em todas as unidades. O gestor destacou a possibilidade de dar maior transparência sobre o consumo de energia e também apontou a necessidade de promover uma mudança na cultura da comunidade acadêmica, a fim de obter economia nas despesas com energia elétrica.
“Agora todas as nossas unidades têm essa possibilidade de, de forma transparente, apresentar para a sociedade como que está o consumo de energia elétrica da instituição. Outro ponto muito importante é que isso vai auxiliar também no processo de conscientização da nossa comunidade acadêmica quanto à economia de energia elétrica. Nós sabemos que aqui na região norte o custo da energia é muito mais elevado, portanto a gente precisa trabalhar a cultura da economia”, destacou.
Projeto Energif-Procel – O projeto que deu origem ao PGEN, nasceu em 2012 no IFSC Campus Florianópolis, e vem ampliando seu alcance na Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica. Isso se deve a uma parceria com o Programa para Desenvolvimento em Energias Renováveis e Eficiência Energética (EnergIF), do Ministério da Educação (MEC) e com a Empresa Brasileira de Participações em Energia Nuclear e Binacional (ENBPar) por meio do Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), que financia o projeto.
Com a integração dos programas, desde 2022 a tecnologia do PGEN começou a ser levada para o restante do Brasil, após a Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec) informar os reitores sobre a eficiência do projeto. O Ifac, na gestão da reitora Rosana Cavalcante dos Santos, foi um dos primeiros institutos a manifestar interesse em aderir ao programa.
